sábado, 21 de maio de 2016

Tirinha sobre relações

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Temer: Estágio de 180 dias

180 dias: pode ser pouco, mas é possível mostrar a que veio. É uma mudança importante, ideologicamente falando. Medidas que deveriam ter sido tomadas, agora serão tomadas.Medidas impopulares, diga-se.Nossa relação dívida interna x Pib cresce de forma espantosa, mas pior que o crescimento da dívida, são os juros pagos, que chegam a ser 10 vezes maiores que em nações europeias. Tenho a impressão que poucos se preocuparam com o crescimento da dívida pública.Apenas se preocuparam em garantir o seu benefício, o seu salário, não importando de onde vieram os recursos.Não é assim que funciona no médio e longo prazo.Se hoje temos Estados que atrasam e parcelam salários, não duvide que isso chegue na esfera federal. Em 2015 pagamos ao redor de R$ 470 bilhões em juros da dívida interna e cerca de R$ 150 bilhões será o déficit da previdência em 2016. Ou mexe nesse buraco ou não tem de onde tirar recursos.A vida é simples.Mesmo que muitas vezes,dura.

sábado, 7 de maio de 2016

Ênfase no valor agregado

O Brasil - se confirmada as previsões do Pib de 2016, terá o pior ciclo de crescimento em 115 anos. Algo não visto nem na I,nem na II Guerra Mundial. Alguns ainda taxam de recessão econômica, mas quando há perda da matriz produtiva (como ocorre há algum tempo - vide a desindustrialização), estamos numa depressão econômica. Quase todos os setores sofrem os efeitos nocivos dessa era. O empresário, perde.O trabalhador, mais ainda, pois o empresário vai readequar a sua produção de acordo com o cenário econômico, visando diminuir os custos e maximizando a produção. Diminuir custos significa demitir ou substituir por mão de obra mais barata. Ou dar ênfase a produtos de maior valor agregado. Vide algumas montadoras de veículos: estão demitindo à rodo, não necessariamente, tendo prejuízo. Vamos produzir carros mais caros. O mercado de veículos populares despencou, o de carros acima de R$ 70 mil, sofre bem menos. Se produzir 10 mil veículos de R$ 70 mil ou 20 mil veículos de R$ 35 mil...haverá alteração do lucro para montadora?Ou o lucro se mantém ou aumenta.É maior valor agregado por produto. E quantos funcionários são necessários para produzir 10 mil carros de R$ 70 mil ou 20 mil carros de R$ 35mil? Certamente o mesmo número de funcionários.

Vivemos na era da descartabilidade humana.

Antes havia uma visão mais humana do trabalhador.Algo até "romântico". Palavras como "fundamental", "peça chave", "vestir a camisa", faziam parte do ambiente de trabalho, das relações empregadores x empregados. Isso é passado. Praticamente todas as pessoas são substituíveis numa empresa. Não importa o quanto você tem de conhecimento, o quanto de inovação e lucro você trouxe à empresa. Um dia, seu conhecimento estará esgotado - não por você ser ineficiente, mas pela lógica humana que todos tem um limite de "aquisição" de conhecimento. No dia que tal "fadiga" chegar, você será descartado. A única maneira de se manter numa empresa é trazer lucro.Não importa como.Apenas traga lucro.Se for uma S/A, é regra universal.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Poder e riqueza num território fértil

Poder e riqueza são indissociáveis.Um não sobrevive sem o outro. Mas o que gera a riqueza, digo, riqueza importante? Lobbies. Se uma empresa quer defender seus interesses,financia políticos. Tais políticos defenderão os interesses dos financiadores, apresentando medidas que sejam benéficas para os interesses corporativos. Menos impostos,mais empréstimos,mais facilidades e etc. No final das contas, mais lucro. É importante que haja a livre iniciativa, o livre mercado. Mas se olharmos a realidade atual do Brasil, temos um processo de desindustrialização. Nos últimos 5 anos apenas, perdemos cerca de 20% de nossa capacidade produtiva. Nesses mesmos últimos 5 anos, os bancos tiveram seus ápices em matéria de lucro. É a substituição de um poder (fabril) por outro poder (financeiro). Esse processo ocorreu nos EUA, em meados dos anos 1950, tendo grande impulso nos anos 1970. Aqui repetimos o mesmo erro. Percebam que toda cadeia produtiva do Brasil sofre pela grave crise.Uns mais, outros menos, mas na média, há retração. Exceto no sistema financeiro. O sistema financeiro até hoje, não viu a crise.Ele lucra com a crise. Ele te seduziu com empréstimos, com sonhos de viagem, casa própria, carro novo. Você acreditou nesse sonho. Esses sonhos, de fato, se sustentariam.Desde que a economia crescesse à 3% ou 4% ao ano, todos os anos. Citando sonhos..em 2015, 40% dos imóveis comprados na planta foram devolvidos. E quem devolveu, receberá cerca de 50% do valor pago de volta. Um sonho que virou pesadelo.Imagine, pagar R$ 100 mil e só receber R$ 50 mil de volta..e o tempo para juntar esse dinheiro novamente? Dizem que são "custos administrativos"...50% de custos??? E as taxas de 13% ao mês do cartão? Muitos se enrolam para pagar a fatura, pagam uma parte,o mínimo até. Esse é o cliente dos sonhos das instituições financeiras. Quem tem uma fatura de R$ 1000, paga R$ 1000 ou quem tem uma fatura de R$ 1000, paga R$ 500 e no outro mês, pagou R$ 575 do residual (15% sobre os R$ 500 restantes)..quem deu mais lucro ao banco?Quem paga a fatura integral?Não. E mesmo quem não paga...o banco perde? Não...com taxas de juros que beiram 300% ao ano...não há como imaginar que o banco não tenha embutido nos juros um "seguro" em caso de inadimplência. O banco vai te pressionar a pagar, vai te ameaçar, vai te processar.Ou você faz acordo ou perde um bem. E o seu bem será avaliado "por baixo" muitas vezes. Olhem a situação fiscal do Brasil...foi o bolsa-família,com seus R$ 28 bilhões ao ano que quebrou a nação? Não..são os R$ 400 bilhões de juros gastos anualmente com a rolagem da dívida interna. O governo prefere captar recursos no mercado interno,à 14,25% ao ano que no mercado externo, à 4% ao ano. A desculpa?Bancos de fora exigem superávit de 2% sobre o Pib.. Conseguimos superávit de 2% ou mais com FHC,Lula e até Dilma. Houve sempre o interesse em beneficiar os bancos nacionais (ou aqui instalados), pois os juros acompanham a taxa Selic (hoje em 14,25% ao ano). Bancos que financiam...políticos. Europa,EUA,Japão tem taxas de juros perto de 1% - e até negativas.Rolam suas dívidas a essas taxas. Aqui, após anos e anos, taxas de juros entre as mais altas do mundo. Hoje, a desculpa é a inflação.Mas antes, com inflação controlada, tínhamos taxas de juros 4 vezes, 5 vezes maiores que em outras nações. É perceptível que o sistema financeiro conseguiu impor seu poder sobre as pessoas e sobre o governo brasileiro. Não é errado pessoas e governos se endividarem, mas o custo desse endividamento é que está inaceitável.O nosso é fora de qualquer comparativo entre todas as nações importantes, seja para o governo,seja para o cidadão comum.