domingo, 17 de março de 2013

Amar é deixar viver

Por mais que se ame alguém, por mais que se queira estar ao lado de alguém, deve-se, de antemão, saber se você pode ou não oferecer algo à pessoa amada, que não sejam só promessas. Ações são necessárias. Amar é desejar e fazer o bem antes de tudo, mesmo que para isso, você deva deixar a pessoa amada seguir seu caminho. Eu respeito a decisão do silêncio. Eu respeito a decisão de ser deixado, por problemas relacionados à minha saúde físico-mental-espiritual e minha falta de perspectivas imediatas. Respeitar não significa concordar em tudo.Divergências são saudáveis. Mas eu me ponho no papel da pessoa amada. Suportou situações difíceis ao meu lado por meus problemas de saúde, de complexa correção, pela bola de neve que se criou em outras áreas de minha vida. Uma pessoa, na minha opinião, deve estar ao lado da pessoa amada, mas essa pessoa não pode sofrer pela dor do outro sempre. Antes um doente que dois doentes.Essa é uma realidade lógica.E, mais que tudo, uma prova de verdadeiro amor. Deixar ir não significa desistir da pessoa amada, mas deixar que o tempo e Deus - acima de tudo, possa arrumar os ponteiros, se assim for de Sua Vontade. É muito dolorido escrever isso, mas se você não tem o que oferecer - e não adianta dizer que tem só amor, pois amor não compra coisas, é melhor deixar à cargo de Deus o desenrolar. Nunca prenda a pessoa amada à uma realidade a qual ela não quer fazer parte. Algumas pessoas estão ao lado de outras, doentes e/ou com infindáveis problemas e não desisitem.Outras não aguentam. Não dá para julgar.Cada um suporta de um nível diferente, mas ter suportado alguma situação, em algum momento, significa que teve amor e compaixão pelo próximo.

quarta-feira, 13 de março de 2013

TOC - doença ou pensamento equivocado?

O TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) é um transtorno ansioso, onde há a obssessão (pensamentos invasivos) e as compulsões (os rituais) para alívio desses pensamentos que tanto afetam a ansiedade. Já fiz tratamento medicamentoso para tratar o Toc (com o melhor que havia disponível), mas o que percebi foi a diminuição da ansiedade (e das crises de pânico), mas não dos pensamentos em sí (mas devo lembrar que cada caso é um caso). Passei por duas terapeutas e ambas foram enfáticas sobre o Toc: deixar de fazer os rituais paulatinamente. Já li sobre o Toc e de fato, seu tratamento é mais complicado, pois não se sabe bem o porquê dele existir. A medicação, no geral, é a mesma usada para o transtorno do pânico. E é comum que o portador de Toc seja portador da síndrome do pânico, pois em ambos os casos, a ansiedade excessiva está presente. E os "rituais de alívio" do Toc, levam à um aumento da ansiedade, podendo causar crises de pânico. O ponto central é: são pensamentos, as quais TODOS os portadores sabem que são exagerados ou sem lógica, mas se não fizerem os rituais, ficará um desconforto, uma ansiedade, só sendo aliviado com os rituais. A questão primordial no caso do Toc é desmistificar esses pensamentos...é criar no cérebro uma resposta que diga: "se não fizer tais rituais, nada ocorrerá e ansiedade não ficará presente" A bem da verdade, nós que temos Toc, sabemos que é assim, mas ficamos receosos em não fazer os rituais, não necesariamento pelo medo de ocorrer algo à nós e pessoas queridas, mas sim, pelo medo de ficarmos ansiosos e ter uma crise de pânico. A medicação ajuda, pois diminui a ansiedade..menos ansioso, menos "pressa" para fazer os "rituais"..é um ciclo que diminui. Mas não corta o mal pela raiz.Diminui sua intensidade, pois há um medicamento agindo. A pessoa faz menos rituais e até deixa de fazê-lo, mas porque está sob efeito de medicação. Se você diminui o ritual num dia (ficará bem ansioso), no outro dia, diminui a necessidade de fazer mais rituais.No outro dia, mais ainda, até deixar de haver essa necessidade. Mas é algo natural?Ou só funciona com medicação? Os portadores do Toc, no geral, tem a obssessão (pensamentos) e compulsões (rituais), sendo menos comum os que tem apenas as obssessões (pensamentos). Me recordo de ter tido em certa época, anos atrás, só as obssessões. Mas elas vinham se acumulando, atrapalhando meu dia a dia e ai, agregaram as compulsões (rituais). Talvez se a pessoa tiver apenas as obssessões (pensamentos), seja mais fácil tratar. Por minha experiência, eu acredito que, se não tratarmos essa forma equivocada de pensar e esssa forma equivocada de aliviar o mal estar dos pensamentos (ansidade), o tratamento medicamentoso será só um palhativo temporário. Já li que, se a pessoa conseguir ficar 3 dias sem fazer os rituais, o Toc tende a sumir, pois a pessoa se habituou à uma nova realidade de pensamento ou uma nova postura acerca de maus pensamentos. Então, os rituais deixam de existir e os maus pensamentos, deixam de ser importantes.Sendo desimportantes, para que rituais? O ciclo deve ser rompido..um alimenta o outro. Mas sabemos que é bem complicado ficar sem fazer os rituais, por isso, com um profissional (e/ou um bom livro), faça passo a passo a diminuição desse ciclo diário de sofrimento e tempo perdido.

sábado, 9 de março de 2013

Uma crise de pânico tem fim!

Sim, quem sofre desse mal, sabe que uma crise de pânico parece o fim...a respiração fica rápida e curta, o coração acelera muito, o suor é incessante, a tontura predomina, as vistas ficam vidradas, o peito dói ou aperta, assim como os braços, a garganta sufoca, dificuldade em engolir, secura na boca, estufamento, vontade de urinar, formigamento nos membros e o pavor instaurado. De fato uma crise de pânico é uma sensação forte, intensa e que deixa medo de crises futuras (ansiedade antecipatória e agorafobia - evitarão de sair/estar em locais considerados "não seguros" pela mente equivocada). Mas se excluirmos o medo exagerado, como ficariam os sintomas? Bom..o coração bate rápido como se estivesemos fazendo uma esteira ou praticando corrida.Não difere disso. A diferença é que o coração dispara numa crise do pânico não por problemas no coração, mas por um alerta equivocado do cérebro, que envia uma mensagem de perigo, sem haver perigo. É uma reposta equivocada do cérebro à algo que não existe.Não há o perigo. A maioria tem crises de pânico sem motivo aparente ou por problemas do cotidiano, não por estar num avião que está caindo! Essa é uma comparação simplista. Me recordo que tinha medo de subir uma escada e passar mal.E algumas vezes, passava mal, pois era um esforço que fazia e o coração acelerava.É assim que deve ser: o coração tem de acelerar quando se faz um esforço.Aí o pavor se instalava, vinha uma crise e, depois, o relaxamento. Quanto tempo dura? Tive crises que demoraram 20 minutos, outras 5 minutos, outras 1 minuto.Numa média, demora cerca de 5 minutos. O seu coração vai bater forte por 5 minutos em média, como se estivesse fazendo esteira por 5 minutos. É o fator medo que gera essa desordem emocional. Se não se preocupar com a crise, naturalmente ela diminiu de intensidade. O medo alimenta as crises. Se tiver uma crise, pense: já tive isso antes e nada me aconteceu..respire devagar, pelo nariz, contando até 3 e solte o ar, pela boca, devagar, contando até 3. O controle da respiração é de suma importância para diminuir ou até evitar uma crise. Outro ponto importante: não fique medindo pulsação ou sintomas NORMAIS de seu corpo. Quando o coração acelera, num exercício, pessoas transpiram mais, a boca seca mais, há formigamentos e tantos sintomas COMUNS que um portador de pânico tem numa crise, mas a trata como algo ruim. Tem gente que tem ameaças ou crises diárias.Não é o físico que sofre danos (não existem relatos de mortes ou lesões por crises de pânico), mas o emocional, o social, sim, fica muito prejudicado. E porque crises de pânico tem fim? Por que o corpo tem mecanismos que impedem que o coração passe de um determinado limite de pulsação e fique acelerado por um tempo elevado. Por isso, uma pessoa que tem síndrome do pânico, querendo ou não, terá sua crise cessada, independentemente de remédios ou artificios, pois o problema, não é o coração. Mas remédios e terapia ajudam de uma forma bastante eficaz em eventuais crises.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Imposição de opinião gay?

A maioria dos homossexuais não constituem família e não tem filhos.Sendo assim, no start inicial, possuem menos gastos, o que os levam a possuirem uma melhor condição financeira. Tendo melhores condições financeiras, podem se dedicar mais - e melhor aos estudos e, uma parte deles, trabalhará em diversos meios de comunicação. Quando você está na mídia, numa posição mais elevada, você decide o que vai ao ar. "Homossexual foi brutalmente assassinado"...manchete padrão. Mas foi morto por ser homossexual ou por crime passional, dívidas com drogas, latrocínio? Impressionante a falta de apuração dos fatos. O que importa no noticiário, à uma parte dos jornalistas homossexuais é: "Homossexual foi brutalmente assassinado". Logo, o leitor, telespectador, automaticamente terá em mente que foi um crime de ódio pela condição sexual do vitimado. É aí que crescem as distorções da realidade. Existem crimes contra homossexuais?É óbvio que existem.Existem pessoas sem um pingo de amor ao próximo que ferem, ofendem e até matam por essa "diferença sexual". Alguns maus jornalistas estão criando uma irrealidade.Uma super proteção de um grupo que, sofre perseguições, mas nem todo crime que os envolvem, é perseguição, homofobia. Tudo virou homofobia..ter uma opinião contrária, virou homofobia. Eu sou favorável ao casamento de pessoas do mesmo sexo, pois dá maior segurança jurídica aos envolvidos.É um contrato. Se pessoas ficarem bem, é isso que defendo.É minha crença, é minha fé: fazer o melhor à sí, ao próximo e deixar os julgamentos tão somente para Deus. Mas não me imponham opniões pré-formadas e distorções escancaradas à bel-prazer de benefícios particulares.

sábado, 2 de março de 2013

Living with panic disorder

Panic disorder is an anxiety disorder that causes sudden attacks of panic, which are very intense minutes of terror. Among the most common symptoms during a crisis, we have: heart rate, chest pain or tightness, numbness in hands and feet, feeling of suffocation, drowsiness legs, excessive sweating, feeling of losing control and / or fainting, feeling be out of themselves, pain in arms and other limbs, neck pain, feeling of having a stroke or enfartando, wanted to run and terrible thoughts (like death, is seeing a stretcher, among others). I live with this disease for over 20 years. My first crisis was at 11 years.And nothing bad happened to have a crise.I was on vacation with my family in the car for my dad, drive at 40 km / h in a rural road. Nothing, any fact that would generate fear or stress triggered it. It was only one crisis in 11 age, turning to have at age 14.But realized that fear on me.I´m routinely settled in to the doctor and, thank God, never had anything abnormal. But some fear and crisis persisted and the difficulty of diagnosis at the time led me to do more tests that a person does for a living .. electrocardiogram, electroencephalogram, ecodopler, treadmill, mapping thyroid blood tests in droves, all x ray types and others. Nothing. According to the doctors, I had nothing..Was in 1990 (I was 14 years old). But they never stopped my seizures (were not daily, but the fear was) until, at 16 to 17 years a psychiatrist diagnosed me with such a disorder. Prescribed me an antidepressant and an anxiolytic. Crises ceased completely in a few days.The also decreases anxiety as well. But I had two relapses (age 18 and age 32) and, again, I have dealt with new medication (same type of medication, but more modern). I improved. They spent 3 years after the end of treatment (2 years in treatment) and came back to have crisis, but of lesser intensity and sporadics (certainly triggered by constant stress and problems). The remedy can cure you forever, but relapses can occur in over 50% ds cases after 3 years of the end of treatment (read the label I used an antidepressant). Treating panic disorder requires more than medicine. Most carriers have sporadics crises (except at the height of the crisis, where they can be even daily). A crisis lasts between 5 and 20 minutes on average, no more.The human body has its own means of self defense. As bad as that is a panic attack, it is nothing what ever witnessed. What makes a crisis worse OPINION are the thoughts that occur before and during a crisis. These thoughts feed a catastrophic crisis, making it more painful. In the worst crisis of my life where I thought I was, in fact, dying a few hours later (courtesy of the crisis, but a huge fear installed), went to PS pressure normal, normal heart beat, nothing arrhythmia. PS Have you stopped at inumerous times.I have 36 years .. I have done about 15 electros. So do not just take medications only. You must change the mind. Many patients spend months without even a crisis, only living in constant fear of having new crises.Is, somehow trauma. Many no longer have a normal life and eventually people become agoraphobic (fear of leaving / being away, affecting a considerable proportion of patients.) I was 3 months without leaving home. It is this fear that should was be treated.This trauma. And there are no pills, remedies for fears and traumas.Have remedy for fear of cockroach? There is a requirement to provide a change in the pattern of thought constant thought of having new crises.This should change, because if it does not change, the drugs only treat the physical symptoms of anxiety, not the cause (fear / trauma). Therapy offers this treatment. Therapy, the CBT (cognitive behavioral therapy), exposes you to fear at some point, that may even generate a strong crisis after another average and even cease to be important. CBT helps to decrease the level of anxiety and intensity of a crisis. As I pointed out, a crisis is compounded by the fears and recurrent thoughts of another crisis. A panic attack, treatment with therapeutic quoted, may cease to exist or is it just an event not relevant. Many people are cured by complete panic, others not. This follows from the very condition of life of each, the stress of daily pressures. It is also important to get rid of things which can annoy you. We all have problems, but if you can eliminate some help too. Forget, for example, want to solve problems of others peoples.Forget want everything to be as you want. Flexibility in life is a step importante.No want to a hard weight in your hands. It's simple. They are choices. Someone will have a crisis for you? No. And while more "relax" you become more accessible to a person who surround you and sees the problems, the challenges in a more quiet. And more "relax", the chances of a crisis greatly reduce. Speaking to healing is always a doubt among experts. But it sure is taking a more relaxed, with less pressure, the chances diminish greatly. Review your vida.Look what you bother.Analyze what makes you anxious.And cut that is possible. Moreover, alcohol, caffeine, sodas like "cola", black tea, energy, foods that cause "stomach gas" who are enemies of anxiety. Who has born with a panic feature being anxious, wanting to bring the world back and be nervous and / or explosive. Control yourself. One method that has been learned in therapy .... breath control during a crisis (or threat), breathe slowly through the nose, 3 steps (might consider something every 1 second step) ... then slowly go releasing the mouth in three steps (or seconds). Only this method eliminates about 50% chances of having a crisis and who is in a crisis, its intensity decreases. Some people with panic disorder may also have OCD (obsessive compulsive disorder). It is another anxiety disorder, which does not necessarily generate panic attacks (despite being quite common), but hinders other carrier in their day-to-day. The person has bad thoughts in droves (obsessions) and can only decrease the relief of anxiety generated by such thoughts, doing rituals (compulsions). Compulsions are common touch something, repeat words, do "tics", prayers, repeated acts, redo things if clean / wash frequently and to excess and others. Around one third of patients with panic disorder have also OCD. Drug treatment in OCD is more complicated, and therapy is more effective in many cases. I also have OCD and briefly by two therapists spent a lot of quality. The OCD should be addressed without making rituals (compulsions). I could not go to therapy, for financial issue. But there are many books on these forward transtronos cited. I leave as an example, a very important book in my life, given by a very special person. The book is called, in portuguese: "Sem Medo de Ter Medo", Tito Paes de Barros Neto. Excellent book, easy to read, written by a renowned doctor in the area, which covers panic disorder, OCD, pro-traumatic stress disorder, social phobia. No such disease kill or leave sequelae, only that the injury socioeconomic left made me wish, at times, have a serious illness. Today, I'm eliminating everything that annoys me (which is possible). Certainly could have done before, but you just remember to correct certain points in your life, back when having a crisis or relapse ... lol) And more some information to complete: some people may develop panic attacks after drug use, excessive alcohol or thyroid problems. There is a heart condition called mitral valve prolapse, which can trigger seizures. But rarely is a problem that needs treatment, causing no risks common in health.It is common to anyone who has this problem (and ends up having panic attacks) it is similar to the way that panic disorder has no such problem. Sorry for my bad english! (Photo: "The Scream" by Edvard Munch)

O que é viver com a síndrome do pânico?

A síndrome do pânico (transtorno do pânico) é um transtorno ansioso que gera ataques repentinos de pânico, que são minutos de pavor bastante intensos. Dentre os sintomas mais comuns durante uma crise, temos: Coração acelerado, aperto ou dor no peito, formigamento nas mãos e pés, sensação de sufocamento, moleza nas pernas, suor excessivo, sensação de estar perdendo o controle e/ou desmaiando, sensação de estar fora de sí, dores nos braços e em outros membros, dor na nuca, sensação de estar enfartando ou tendo um derrame, vontade de sair correndo e pensamentos terríveis (como de morte, se vendo numa maca, dentre outros). Vivo com essa doença há mais de 20 anos. Desde cedo, ainda pré-adolescente.Minha primeira crise foi aos 11 anos.E nada de ruim aconteceu para que tivesse uma crise.Estava de férias com a família, dentro do carro de meu pai, passeando à 40 km/h numa estradinha do interior.Nada, nenhum fato que gerasse medo ou estresse a desencadeou. Foi só aquela crise aos 11 anos.Voltando a ter aos 14 anos.Mas percebia que o medo se instalou em mim.Ia rotineiramente ao médico e, graças à Deus, nunca tinha nada de anormal. Mas o medo e algumas crises persistiam e a dificuldade de diagnóstico à época me levou a fazer mais exames que uma pessoa faz durante uma vida..eletrocardiograma, eletroencéfalograma, ecodopler, esteira, mapeamento da tireóide, exames de sangue aos montes, raixo x de tudo e outros. Nada. Segundo os médicos, eu não tinha nada.Isso foi em 1990(tinha 14 anos de idade). Mas minhas crises não cessavam (não eram diárias, mas o medo era), até que, aos 16 para 17 anos um psiquiatra me diagnosticou com tal transtorno. Me receitou um antidepressivo e um ansiolítico. As crises cessarram por completo em poucos dias.A ansiedade também diminui bem. Mas tive duas recaídas (aos 18 anos e aos 32 anos) e, novamente, me tratei com nova medicação (mesma tipo de medicação, mas, mais moderno). Melhorei. Passaram 3 anos após o término do tratamento (de 2 anos) e voltei a ter crise, mas de menor intensidade e exporádicas (certamente desencadeadas por problemas e estresse constantes). O remédio pode te curar para sempre, mas recaídas, podem ocorrer em mais de 50% ds casos após 3 anos do término do tratamento (li na bula de um antidepressivo que usei). Tratar o transtorno do pânico requer mais que remédios. A maioria dos portadores tem crises exporádicas (exceto no auge das crises, onde elas podem ser diárias até). Uma crise dura entre 5 e 20 minutos em média, não mais.O corpo humano tem meios próprios de auto defesa. Por pior que seja uma crise de pânico, ela não passa daquilo já presenciado. O que faz uma crise PARECER pior são os pensamentos que ocorrem antes e durante uma crise. Esses pensamentos catastróficos alimentam uma crise, tornando-a mais sofrida. Na pior crise da minha vida, onde pensei que estava, de fato, morrendo, algumas horas depois (da crise já cedida, mas um medo enorme instalado), fui ao P.S. Pressão normal, coração normal pulsação, sem nada de arritmia. Já parei no P.S inúmeras vezes.Tenho 36 anos..devo ter feito uns 15 eletros. Portanto, não basta só tomar medicações. Tem de mudar a mente. Muitos portadores passam meses sem ter uma crise sequer, só que vivem com medo constante de ter novas crises.É, de certa forma, um trauma. Muitos deixam de ter uma vida normal e acabam por se tornarem pessoas agorafóbicas (medo de sair/estar longe, que atinge uma parte considerável dos portadores).Eu fiquei 3 meses sem sair de casa. É esse medo que deve ser tratado.Esse trauma. E não existem pílulas, remédios para medos e traumas.Existe remédio para medo de barata? Existe a necesidade de uma mudança no padrão de pensamento.Esse pensamento constante de ter novas crises.Isso deve mudar, pois, se não muda, os remédios apenas tratam os sintomas físicos da ansiedade, não a causa (medo/trauma). A terapia oferece esse tratamento. A terapia, pela TCC (terapia cognitivo-comportamental), te expõe em determinado ponto ao medo, que pode até gerar uma crise forte, depois outra média e até deixar de ser importante. A TCC auxilia a diminuir o grau de ansiedade e a intensidade de uma crise. Como salientei, uma crise é agravada pelos temores e pensamentos recorrentes de uma nova crise. Uma crise de pânico, com o tratamento terapeutico citado, pode deixar de existir ou será apenas um evento sem maior relevância. Muitas pessoas se curam por completo do pânico, outras, não. Isso decorre muito da condição de vida de cada um, do estresse, das pressões diárias. É importante, também, se livrar até onde puder de fatos que te aborrecem. Todos temos problemas, mas se puder eliminar alguns, ajuda muito. Esqueça, por exemplo, querer resolver problemas dos outros.Esqueça querer que tudo saia conforme você quer. Flexibilidade na vida é um passo importante.Não queira carregar o mundo nas costas.Não dá. É simples. São escolhas. Alguém terá uma crise por você?Não. E, estando mais "relax" você se torna uma pessoa mais acessível aos que te cercam e encara os problemas, os desafios de uma maneira mais tranquila. E mais "relax", as chances de uma crise reduzem muito. Falar em cura para sempre é uma dúvida entre especialistas. Mas a certeza é que, tendo uma vida mais relaxada, com menos pressão, as chances diminuem muito. Reveja sua vida.Verifique o que te incomoda.Analise o que te deixa ansioso.E corte o que for possível. Além do mais, bebidas alcoólicas, cafeína, refrigerantes tipo "cola", chá preto, energéticos, alimentos que estufam, são inimigos da ansiedade. Quem tem pânico nasceu com uma caracerística de ser ansioso, querer levar o mundo nas costas e ser nervoso e/ou explosivo. Controle-se. Um método que aprendi na terapia foi o controle da respiração....durante uma crise (ou ameaça), respire devagar pelo nariz, em 3 estapas (pode considerar coisa de 1 segundo cada etapa)...em seguida, lentamente, vá soltando pela boca, em 3 etapas (ou segundo). Só esse método elimina em cerca de 50% as chances de ter uma crise e, quem está numa crise, diminui sua intensidade. Algumas pessoas com síndrome do pânico pode também ter TOC (transtorno obsessivo-compulsivo). É outro transtorno ansioso, que, necessariamente, não gera crises de pânico (apesar de ser bem comum), mas atrapalha demais o portador no seu dia-a-dia. A pessoa tem pensamentos ruins aos montes (obsessões) e só consegue diminuir o alívio da ansiedade gerada por tais pensamentos, fazendo rituais (compulsões). As compulsões comuns são tocar em algo, repetir palavras, fazer "cacoetes", fazer orações, repetir atos, refazer coisas, se limpar/lavar com frequência e em excesso e outros. Ao redor de 1/3 dos portadores da síndrome do pânico (transtorno do pânico) tem também, TOC. O tratamento medicamentoso no TOC é mais complicado, sendo que a terapia é mais eficaz em muitos casos. Eu também tenho TOC e passei brevemente por duas terapeutas de muita qualidade. O TOC deve ser enfrentado sem fazer os rituais (compulsões). Não pude ir mais à terapia, por questão financeira. Mas há muitos livros sobre esses transtronos ansioso citados. Deixo como exemplo, um livro muito importante em minha vida, dado por uma pessoa muito especial. O livro se chama: "Sem Medo de Ter Medo", de Tipo Paes de Barros Neto. Livro excelente, de fácil leitura, escrito por um renomado médico da área, que aborda o transtorno do pânico, TOC, estresse pró-traumático, fobia social. Nenhuma doença dessas matam ou deixam sequelas, só que o prejuízo sócio-econômico deixado me fez desejar, em alguns momentos, ter uma grave doença. Hoje, estou eliminando tudo que me aborrece (o que é possível).Certamente poderia ter feito antes, mas você só se recorda de corrigir certos pontos em sua vida, quando volta a ter uma crise ou uma recaída...rs) E mais algumas informações para finalizar: algumas pessoas podem desenvolver ataques de pânico após o uso de drogas, excesso de alcool ou problemas na tireóide. Existe um problema no coração, chamado prolapso da válvula mitral, que pode desencadear as crises. Mas é um problema que raramente necessita de tratamento, pois não causa riscos à saúde.É comum quem tem esse problema (e acaba por ter crises de pânico) se tratar de maneira semelhante aos que tem o transtorno do pânico sem tal problema. (foto do quadro: O Grito, de Edvard Munch)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Brasil se escreve com 0

Sairam os dados do Pib de 2012, divulgados pelo IBGE: Pib de 0,9%...um belo "0" na frente...nada que começa com "0" deve ser visto com bons olhos em especial, relacionados ao crescimento anual de uma economia emergente (onde há mais mercado a ser explorado do que em países ricos). Pelas palavras do ministro da fazenda, só se o Brasil for o único país do mundo que possui a "fórmula mágica" de crescimento de emprego e renda com pibinho. Nossa taxa de juros é a terceira ou quarta mais alta do mundo.Já começa por aí. Alia-se ao fato de termos pib industrial negativo na indústria e na agricultura no ano passado. Acham possível segurar emprego com pib negativo nesses setores? Serviços (que sempre despontava) teve crescimento pífio...coisa de 1,7%. Seu ministro..a geração de empregos em janeiro de 2013 caiu 75% em relação ao mesmo período de 2012. Estou falando desse ano.Se estivesse em ritmo de crescimento a economia, de retomada, janeiro teria, ao menos, mantido o mesmo percentual de janeiro/2012. Olham o lamaçal que criaram: juros elevadíssimos, inadimplência excessiva, preços dos alimentos nas nuvens, bolha imobiliária e perda de competitividade na indústria. E um crescimento da divida interna de 11% em 2012 e que ficará entre 7% e 11% em 2013, segundo projeções.Se a dívida interna cresce muito mais que o Pib...Europa. Cadê vocês, defensores? (foto: jornal "O Fluminense")

Culpa: até onde é aceitável?

A culpa é a auto-condenação de algo que fizemos e nos arrependemos de ter feito.Assim como o julgamento de outros acerca de um eventual erro seu. Mas na esfera da auto-condenação, é quando pomos a mão na consciência e dizemos: "poxa..o que é que eu fiz?" É um sentimento inerente à maioria das pessoas (à exceção, são as pessoas sem um pingo de amor em seus corações). É o auto-juízo, baseado num livre-arbítrio.Existem as culpas as quais pessoas te condenam e, não necessariamente, você concorda, mas esse auto-juízo é implacável, é indúbio, é somente seu. A culpa nos alerta para eventuais posturas e práticas que fazem mal aos outros e à nós mesmos. Mas não pode ser um sentimento de constante lamúria, de eterna condenação. Quando chega nesse patamar, acaba sendo um fardo, um sofrimento exagerado. Foge à regra do aprimoramento como ser humano, se transformando num obstáculo para novos aprendizados. "vá e não peques mais" Essa passagem bíblica cai como uma luva na questão da culpa, em vista que diz para não fazermos mais aquilo e seguirmos nossos caminhos. Somos seres humanos, falhos em diversos pontos. Sem exceções. Sentir "culpa" é assumir um erro, uma postura equivocada e continuar sua jornada. Não é para carregar a culpa, por mais grave que tenha sido o motivo, a razão dessa condenação. É aceitá-la, pedir perdão (quando for possível - se não for possível pedir perdão pessoalmente, peça de coração que o universo entenderá) e seguir em frente.Se carregar a culpa, você criará um círculo vicioso de mais culpas, pois certamente, estando com esse "peso nas costas", acabará por criar novas situações condenáveis aos outros e, em especial, à você mesmo. Liberte-se da culpa já e será alguém melhor para sí, para os outros.

Arrependimento

Arrependimento: Do grego μεταμέλεια - Metanóia (Meta=Mudança, Nóia=Mente), arrependimento quer dizer "Mudança de Mentalidade". Um novo raciocínio acerca de um fato, que leva a pessoa à mudar de opinião. É um sentimento nobre, pois parte da flexibilidade da pessoa. Muitos não assumem seus erros, pois acham que são os senhores do tempo e donos da verdade, mesmo que seus subconscientes estejam criando um conflito interno. Se arrepender é estar disposto à mudanças.É ter uma postura diferente.É ter uma mentalidade oposta da original.É evoluir como ser humano. Permita-se se arepender. O arrependimento abre as portas para o perdão. Permita-se perdoar.